Mês de setembro, ano 2003, estava imensamente feliz,
pois acabara de nascer meu primeiro netinho, filho da minha filha mais velha,
criança sempre bem vinda é renovação em nossa vida.
15 dias se passaram e minha filha foi assolada por
uma faringite, acompanhada por febre altíssima a qual deixou prostrada. O nenê
talvez por estar "fluidificamente" ligado a mãe mudou de
comportamento tornando-se agitado e chorão; Ela veio para a minha casa para eu
cuidar dos dois, medicação, alimentação, embalar o nenê tudo que era possível,
os dias se passavam, a febre nas alturas não tinha o que fazer, só me restava
rezar, dia e noite noite e dia.
Nesse cenário de aflição, em uma noite
embalando o nenê bem juntinho ao corpo, cantarolando uma canção de ninar,
na tentativa de acalmá-lo, tive uma nítida sensação inesperada, algo
mexia dentro do meu seio, semelhante de quando amamentava meus filhos, levei um
susto tão grande que as pernas bambearam, pensei:
- Será que vou ter leite?
Tinha ouvido história de mulheres que passaram a
produzir leite ao cuidar de recém nascido; Fui ao banheiro apertei o bico do
seio, para a minha surpresa não saiu leite, saiu umas gotas de sangue escuro
acompanhado de um líquido amarelo, olhei horrorizada para aquilo, mas não disse
nada a ninguém, não queria preocupá-los ainda mais.
Os dias se passaram e com eles mãe e filho ficaram
tão bem que puderam retornar para sua casa, os primeiros dias senti muita
falta, a casa ficou vazia, estranho, somos mãe eternamente e acreditamos que nossos
filhos só estariam bem ao nosso lado..
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