O incidente ou acidente não saberia definir
bem, podemos dizer. O inacreditável acontecimento: Ou o dia que o açougueiro
acertou minha artéria, (risos) foi no dia 12 de 02 de 2008. Início do ano, mas
que graças a Deus não destruiu minha vida por inteiro não impossibilitou de
retomar as minhas aulas o que aconteceram dois meses depois.
Nessa
época ainda estava trabalhando em Aru já na FAR. Faculdade de Arujá. Local
maravilhoso onde tive o privilégio de conhecer pessoas maravilhosas, a começar
pelos donos da faculdade, os colegas professores os alunos, enfim todos. Gente
comprometida que acreditavam no que faziam sabiam o que queriam para o seu
futuro e para o futuro da educação.
Por lá
fiquei num total de quatro anos, fui adquirindo confiança dos coordenadores. O
que possibilitou - me desenvolver excelentes projetos, O lúdico na matemática,
alfabetização com significado, implantação da gibioteca em escola pública da
região, teatro infantil, contadores de histórias, projetos interdisciplinar
baseados em um filme infantil. Orientados e todo material didático elaborado na
faculdade e aplicados nas escolas da
região, através dos estágios supervisionados. Guardo até hoje as fotos de suas apresentações:
Sem contar a formação de grupo de danças temáticas de teatro infantil formado
pelos os alunos do curso de pedagogia, Grande aceitação por todos na faculdade.
Em todas as comemorações internas da faculdade o coordenador, sabia que podia
contar com minha colaboração, tinha certeza que teríamos algumas apresentações
artísticas. No meu último ano o grupo de docente foi mudando e a apresentação
passou a se restringir para dentro da sala de aula.
Como minha primeira formação foi em dança. Iniciei
por volta dos três anos de idade com iniciação á dança em escola particular,
depois danças étnicas.
Por
volta dos quatro aos anos, sapateado americano, cinco anos sapateado escocês e
por fim aos sete anos balé clássico, na Escola de Balé da Prefeitura de São Paulo.
Curso de oito anos. Piano três anos sem sucesso e arranhava um violão com muita
paixão, mas sem compromisso só por diversão. Quando me formei na escola de
balé, fiquei imensamente triste por ter que parar, no Brasil a arte não era
valorizada pelo contrário era discriminada. Foi por isso que meu pai que era
militar e conservador me aconselhou cursar Escola Normal hoje conhecida como
curso de Magistério. Confesso que a escolha foi de certa forma por pressão
velada de meu pai, mas no fundo não estava feliz, não me via sem a dança. , A arte
sempre esteve presente em minha vida. Mesmo quando fui estudar no magistério
participei da fanfarra dos teatros, do coral da escola, também foi um tempo
muito bom, posso dizer feliz. Curso dinâmico que completou minha formação pessoal
e profissional a qual aprendi amar e orgulhar de minha escolha.
Fizera muitas amizades que se eternizaram
Colégio Dom Pedro I, de São Miguel Paulista
Eu acredito
que a escola deveria ser um lugar onde a arte pudesse veicular livremente pela
escola, com respeito e valorização assim com a educação formal. A música, a
dança na escola seriam instrumentos dinâmicos, criativos e facilitadores no
ensino-aprendizagem.
O que digo foi comprovado por mim na faculdade
de pedagogia com os futuros professores, que ficavam maravilhados com a repercussão
das aulas práticas associadas a uma teoria dinâmica e diferenciada.
Descobri depois de mais de vinte anos o quanto
amo minha profissão e que adoro o que faço não seria tão feliz exercendo outra
com certeza. Formar professor foi à melhor opção e que fico muito infeliz
quando não estou fazendo por um motivo tão sem criatividade como é o de ficar
doente.
O que aconteceu no final do semestre naFAR, no
início parecia uma gripe forte, dificuldade para respirar dor nas costas, resumindo:
infecção respiratória uma semana internada as pressas, e um definitivo adeus a
faculdade do coração. Porque?
Não tinha condições de voltar à recuperação
total foi demorada, mais que a prevista. Iniciou o semestre e eu não pude
voltar.Fiquei muito triste.