segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

LIGANDO A COISA AO FATO (4)


Após sentir o “treck”, o alívio foi imediato, pensei: Aí que bom entrou no lugar. Ah! Doce inocência, não imaginava o que estava a minha espera. Não passou duas horas e uma pressão na panturrilha esquerda começou incomodar, e aumentado rapidamente
Comentei com aminha amiga de trabalho: Algo muito estranho está acontecendo com a minha perna, vou embora, estou de carro, tenho que chegar em casa. E assim o fiz.
Chegando em casa, comentei com o meu marido o ocorrido, ele perguntou se eu queria ir ao médico, mas não aceitei, por acreditar que uma boa noite de sono resolveria tudo, defini: É o cansaço; E ele saiu para trabalhar.
Na manhã seguinte ao colocar o pé no chão senti uma dor horrorosa, levantei o pé e saí pulando como sací. Dor na panturrilha tão forte que lágrimas escorriam pelo rosto sem controle, vontade de sair gritando.
Telefonei para o meu filho caçula aos prantos: preciso ir para o hospital, não estou suportando uma dor na perna.
 - mas o que aconteceu , caiu, quebrou a perna?
- não do nada, amanheci assim.
E assim fizemos, esperamos a empregada chegar para ficar com a mamãe e fomos para o Hospital São Camilo do Ipiranga. Ao chegar lá, precisei de cadeira de rodas.
O médico do PS examinou e arriscou o diagnóstico: coluna, hérnia de disco. Vou te medicar para passar a dor, vamos internar.
Nossa que desespero, internar, como poderia ficar internada naquele momento em que a mamãe madrinha, a reforma da casa, enfim todos cessitavam tanto de mim? Coisa de maluco!
Noite mal dormida, ansiosa, preocupada esperançosa que o diagnóstico do médico estivesse errado. Amanheceu e finalmente o médico neurologista veio me visitar.
Apresentou-se e fez o mesmo teste que o médico do PS fez. Deitada de barriga para cima com as pernas bem esticadas ele segura o dedão do pé e levanta a perna. O grito foi inevitável. Ele balançou a cabeça e disse é .... uma hérnia de disco. Vamos fazer numa ressonância magnética. 
E se o resultado for positivo, doutor? - É teremos que operar.
-Operar a coluna?
Ela me olhou como se não entendesse o motivo da minha indignação.É coisa simples.vamos aguardar os exames. Sorriu e saiu.
Meu Deus, operar a coluna, como pode, sempre critiquei quem se deixa operar sem procurar a opinião de vários especialista, e mesmo assim tentar a medicina alternativa,os riscos que envolvem uma operação delicada como essa. E agora, estou aqui à mercê. Se a dor não fosse tão insuportável eu fugiria sem olhar para traz.
Exames foram feitos, o diagnóstico se confirmou e a operação aconteceu. Graças a Deus foi um sucesso. A recuperação foi muito rápida após sete dias, as dores na cirurgia pararam, mas a recomendação do médico foi uma sentença, vida normal, porém pegar no máximo cinco quilos para o resto da vida. Para uma dona casa, é preocupante apenas cinco quilos.

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