Em 2008, meu
filho caçula entrou em casa todo animado dizendo que finalmente havia conseguido
marcar uma consulta
_ Consulta,
você está doente?
_ Consulta
pra você mãe já esqueceu?
- perguntei estranhando
– estou tão
bem, para que ir ao médico?
Estou sem tempo!
- A quem
você quer enganar, pensa que eu me esqueci, seu seio ainda sai o tal liquido
amarelo não é verdade? Sei também que você não foi ver.
Sua consulta
está marcada no Hospital Pérola Byinton é um hospital excelente, referência no
tratamento e prevenção e de cura para mulher.
Não tive
escapatória, no dia marcado lá estava eu no hospital. Como primeiro atendimento,
passei por uma triagem, depois, a consulta com um médico que pediu uma mamografia.
Dias depois saiu o resultado: foi detectados dois nódulos pequenos, disse o
médico.
_ Nódulo? E agora o que vai acontecer comigo, estou com
câncer?
_ Não, respondeu
ele, é precipitado arriscar um diagnóstico. Precisamos de mais exames, vamos
marcar uma pulsão.
_ Eu tinha
ouvido falar de pulsão e sabia que era um exame cavernoso, fiquei apavorada.
Não é que a danada foi marcada para o outro dia!
Lá estava eu
me fazendo de forte, mas por dentro morria de medo da tal pulsão. Chegou à hora
a enfermeira fez os preparos meu filho estava ao meu lado acompanhando tudo.
Entrou o
médico, moço novo, bem louro, parecia um alemãozinho,
Deu início
ao exame apalpando a mama, cada vez com mais força dizia que procurava a
localização dos nódulos e iria fazer apenas uma incisão e atingiria os dois
nódulos, e os apertões continuaram e o seio lugar sensível, estava desconfortável
e doendo.
Depois de
estar seguro, o que durou uma eternidade, ele fez uma incisão e usou um
aparelho para a pulsão que fez um barulho, senti uma dor profunda, o sangue não
mais parou de sair quente, escorrendo pela barriga. Acertou os nódulos?
–Não,
acertou a artéria.
Acredita? A
artéria! O sangue desembestou a sair e este homem tentou de todas as maneiras
imagináveis de estancar o sangue, não conseguiu. Foi um entra e sai de
enfermeira com pano cheio de sangue.
Na sala de espera estava meu marido e
muitas pacientes que iriam se consultar, o mal estar se generalizou por todo
mundo percebendo que algo muito errado estava acontecendo lá dentro.
Do nada
entrou um médico de origem japonesa, talvez atendesse na sala ao lado ,quando
viu a situação delicada que o outro se encontrava, tomou a frente e ligou para
o centro cirúrgico que tinha um caso de emergência. Colocaram-me numa cadeira
de roda segurando o seio que sangrava com uma toalha e correram.
Centro
cirúrgico, anestesia, não sei explicar, mas conseguiram estancar o sangue.
Coisa de louco.
E os nódulos,
tiraram?
Não, a
prioridade era salvar minha vida, fechando a artéria. É mole!
Dias depois saiu o resultado da biopsia: È
apenas uma fibroesclerose. Não é maligno, vida normal ir ao ginecologista para
exames de rotina.
Olhei para o meu filho e disse: Bem que
o meu coração não pedia para fazer esse exame, quase morri por nada. Deveria
processar aquele médico açougueiro...
Oi Eliana..demorou mais me cadastrei e sou sua seguidora SEMPRE...li os seus relatos e muitos dos episódios eu me lembro que vc me contou pessoalmente..eu falava....vc falava..durante nossas longas conversas..e sem sombras de dúvida essa fase da pulsão foi muito dramática....vou te seguir..continue escrevendo...fique boa logo--bjos-bjos-saudades Li...(Geni)
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