quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Falta de opção ou paixão (7)


O incidente ou acidente não saberia definir bem, podemos dizer. O inacreditável acontecimento: Ou o dia que o açougueiro acertou minha artéria, (risos) foi no dia 12 de 02 de 2008. Início do ano, mas que graças a Deus não destruiu minha vida por inteiro não impossibilitou de retomar as minhas aulas o que aconteceram dois meses depois.
 Nessa época ainda estava trabalhando em Aru já na FAR. Faculdade de Arujá. Local maravilhoso onde tive o privilégio de conhecer pessoas maravilhosas, a começar pelos donos da faculdade, os colegas professores os alunos, enfim todos. Gente comprometida que acreditavam no que faziam sabiam o que queriam para o seu futuro e para o futuro da educação.
 Por lá fiquei num total de quatro anos, fui adquirindo confiança dos coordenadores. O que possibilitou - me desenvolver excelentes projetos, O lúdico na matemática, alfabetização com significado, implantação da gibioteca em escola pública da região, teatro infantil, contadores de histórias, projetos interdisciplinar baseados em um filme infantil. Orientados e todo material didático elaborado na faculdade e aplicados  nas escolas da região, através dos estágios supervisionados. Guardo até hoje as fotos de suas apresentações: Sem contar a formação de grupo de danças temáticas de teatro infantil formado pelos os alunos do curso de pedagogia, Grande aceitação por todos na faculdade. Em todas as comemorações internas da faculdade o coordenador, sabia que podia contar com minha colaboração, tinha certeza que teríamos algumas apresentações artísticas. No meu último ano o grupo de docente foi mudando e a apresentação passou a se restringir para dentro da sala de aula.
Como minha primeira formação foi em dança. Iniciei por volta dos três anos de idade com iniciação á dança em escola particular, depois danças étnicas.
 Por volta dos quatro aos anos, sapateado americano, cinco anos sapateado escocês e por fim aos sete anos balé clássico, na Escola de Balé da Prefeitura de São Paulo. Curso de oito anos. Piano três anos sem sucesso e arranhava um violão com muita paixão, mas sem compromisso só por diversão. Quando me formei na escola de balé, fiquei imensamente triste por ter que parar, no Brasil a arte não era valorizada pelo contrário era discriminada. Foi por isso que meu pai que era militar e conservador me aconselhou cursar Escola Normal hoje conhecida como curso de Magistério. Confesso que a escolha foi de certa forma por pressão velada de meu pai, mas no fundo não estava feliz, não me via sem a dança. , A arte sempre esteve presente em minha vida. Mesmo quando fui estudar no magistério participei da fanfarra dos teatros, do coral da escola, também foi um tempo muito bom, posso dizer feliz. Curso dinâmico que completou minha formação pessoal e profissional a qual aprendi amar e orgulhar de minha escolha.
  Fizera muitas amizades que se eternizaram Colégio Dom Pedro I, de São Miguel Paulista
  Eu acredito que a escola deveria ser um lugar onde a arte pudesse veicular livremente pela escola, com respeito e valorização assim com a educação formal. A música, a dança na escola seriam instrumentos dinâmicos, criativos e facilitadores no ensino-aprendizagem.
O que digo foi comprovado por mim na faculdade de pedagogia com os futuros professores, que ficavam maravilhados com a repercussão das aulas práticas associadas a uma teoria dinâmica e diferenciada.
Descobri depois de mais de vinte anos o quanto amo minha profissão e que adoro o que faço não seria tão feliz exercendo outra com certeza. Formar professor foi à melhor opção e que fico muito infeliz quando não estou fazendo por um motivo tão sem criatividade como é o de ficar doente.
O que aconteceu no final do semestre naFAR, no início parecia uma gripe forte, dificuldade para respirar dor nas costas, resumindo: infecção respiratória uma semana internada as pressas, e um definitivo adeus a faculdade do coração. Porque?
Não tinha condições de voltar à recuperação total foi demorada, mais que a prevista. Iniciou o semestre e eu não pude voltar.Fiquei muito triste.

Um comentário:

  1. Esqueceu de comentar que trabalhou no CEFAM.... conheceu alunos maravilhosos que te amam de paixão!
    sua Linda!!!
    curiosa pelos proximos "episódios"..

    beijão flor!

    Fátima

    ResponderExcluir